O ciclo de vida do voluntariado: como criar uma experiência excepcional para voluntários
out. 18, 2023

O ciclo de vida do programa de voluntariado é um conjunto de etapas que indicam se o programa está entregando valor para seus voluntários. Ele garante uma experiência excepcional para a comunidade de voluntários

Pode parecer contra-intuitivo priorizar a experiência dos voluntários. 


Afinal, a
causa deveria ser o objetivo principal. 


Só que, para alcançar resultados sociais significativos, por meio do trabalho voluntário, é preciso garantir que os voluntários alcancem o seu máximo
potencial.


Enquanto
emprestam o seu tempo e talento para o programa. 


Por isso a experiência de voluntariado que o
programa oferece é crucial.


O ciclo de vida do programa é o
mecanismo dessa experiência.


O ciclo de vida do voluntariado


O ciclo de vida do programa de voluntariado é um conjunto de etapas que indicam se o programa está entregando valor para seus voluntários. Ele garante uma experiência excepcional para a comunidade de voluntários. 


Quando as 07 etapas do ciclo são gerenciadas, o programa cumpre a sua missão de desenvolver pessoas. 


O ciclo de vida lembra um sistema de
gestão de RH, com suas etapas interligadas e balanceadas entre si. 


Mas, diferente de um sistema de RH, o ciclo de vida do voluntariado se caracteriza por um grau de
subjetividade maior, que as pessoas frequentemente trazem para a atividade voluntária. 


E também pelo fato de o trabalho voluntário ser livre de remuneração, e com claro
interesse público. 


Por isso, o ciclo de vida do voluntariado é uma
exclusividade do trabalho com voluntários.


Conheça as 07 etapas do ciclo de vida do programa de voluntariado: 


01. Desenho de vagas de voluntariado
: as vagas de voluntariado são ofertas individuais que fazemos, com o objetivo de buscar aliados talentosos para o programa. Cada vaga deve responder o por quê e para que precisamos de uma pessoa voluntária naquela posição.


A análise de necessidades e a consulta formal às equipes profissionais da organização garantem que as vagas estejam alinhadas com os objetivos organizacionais. 


02. Recrutamento de voluntários: sabendo onde quer chegar, agora é hora de buscar quem pode ajudar. O processo de recrutamento deve ser formal, com foco em campanhas digitais ou presenciais de promoção das vagas.


A reputação do programa e da organização contam muito nessa etapa. Se você tem uma comunidade satisfeita, ela pode te ajudar a trazer mais voluntários. Mas o contrário também pode acontecer. Plataformas de vagas de voluntariado podem ser úteis nesta etapa. E também ações presenciais de recrutamento em eventos do seu setor. 


03. Análise de compatibilidade de perfis: o motivo pelo qual você precisa de voluntários é sempre diferente do motivo pelo qual eles se voluntariam. Por isso é necessário convidar os perfis potenciais da etapa de recrutamento para entrevistas formais. E conhecer suas habilidades, atitudes e razões pessoais para querer voluntariar.


Nessa etapa, é crucial informar o benefício que o voluntário terá ao se tornar parte da comunidade. A entrevista fornece os elementos para a análise de compatibilidade. E a decisão final é sua. 


04. Onboarding de voluntários: um bom onboarding informa sobre o funcionamento da organização e prepara o voluntário para o trabalho. Nessa etapa é hora de apresentar o espaço físico da organização aos novos voluntários. E fazer uma primeira interação com a equipe profissional.


Assim, o grupo se sente acolhido e com maior responsabilidade pelo trabalho voluntário que será realizado. No onboarding é importante compartilhar em detalhes a missão/visão/valores da organização, sua história, e a filosofia de voluntariado do programa. 


05. Treinamento & Desenvolvimento de voluntários
: nessa etapa, o foco é treinar voluntários nas habilidades técnicas do trabalho, e desenvolver aqueles que ainda não possuem todas as habilidades. Fazer uma análise de necessidades é importante, e envolver a equipe profissional da organização em algumas sessões de treinamento.


É fundamental criar recursos de aprendizagem que tornem as sessões de treinamento uma experiência intensa, agradável e participativa. Estabelecer um calendário anual de treinamentos sinaliza que o programa vai oferecer desenvolvimento continuado aos seus voluntários. 


06. Avaliação de atividades e performance
: a avaliação confirma se fizemos a melhor escolha na etapa de recrutamento. Se cumprimos o mínimo na etapa de treinamento. E se a experiência de voluntariado está sendo satisfatória para a comunidade de voluntários.


A avaliação não é um julgamento unilateral do trabalho dos voluntários. Nem deve acontecer só no final do semestre ou do ano. É possível fazer pequenas supervisões do trabalho, semanais ou mensais. E dessa forma, garantir o desenvolvimento do voluntário e o resultado final do programa. 


07. Reconhecimento de voluntários e resolução de conflitos: reconhecer e prevenir conflitos é uma etapa essencial para manter a experiência do programa em níveis altos, e garantir regras de convivência e respeito. O profissional precisa de habilidades interpessoais e criatividade para criar momentos formais e informais de reconhecimento de voluntários.


Quanto a conflitos, é importante conhecer bem cada perfil, para acomodar e modificar situações a tempo. Ao abordar qualquer conflito, é necessário dar foco nas consequências das ações, e não na personalidade das pessoas. E buscar o quanto possível ações formais de melhoria, como sessões de capacitação individual. 

É tarefa do
profissional do voluntário- responsável pelo trabalho direto com os voluntários- gerenciar as etapas do ciclo. 


Cumprir cada etapa como referência obrigatória da
gestão do programa, garante o engajamento e o comprometimento da comunidade de voluntários. 


Garante que cada participante se
desenvolverá de verdade no processo.   


E que o trabalho voluntário seja realizado por meio de uma experiência excepcional.

   

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