Começar um programa de voluntariado é uma das experiências de grupo mais estimulantes que existe.

O voluntariado é um campo aberto para todas as pessoas exercitarem a cidadania.

Contribuir com a sustentabilidade. 

E construir relações.

Um programa de voluntariado pode ser definido como uma iniciativa de interesse público. 

Representada pelos órgãos de estado, governo, empresas privadas ou organizações comunitárias. 

E que possui objetivos filantrópicos, de assistência social continuada, responsabilidade socioambiental e desenvolvimento comunitário.

Para começar um programa é necessário uma estratégia e um plano de participação de voluntários. 

Aqui vamos focar na estratégia. 

Como começar um programa de voluntariado

Para começar um programa de voluntariado é necessário uma estratégia. Ela indica o que o programa faz, para quem, em nome de quem, e com ajuda de quem. A estratégia é a soma de análise de contexto, enfoque social, viabilidade técnica e match cultural. 

A estratégia deve ser construída de forma compartilhada. Com as pessoas ou grupos que serão diretamente impactados pelas ações do programa.

Assim, ela nasce de uma formulação concreta sobre as necessidades. E de uma avaliação segura sobre a viabilidade do programa.

Programas de voluntariado que começam sem estratégia correm mais riscos, como o de encerrar suas atividades de repente. 

Impactando negativamente pessoas e comunidades que apostaram na iniciativa. E que agora dependem dela.

Outro risco é começar um programa pelo recrutamento de voluntários. Antes de desenhar a estratégia. 

O plano de participação de voluntários é construído só depois, quando as atividades-chave do programa estiverem definidas. 

Agora vamos conhecer as partes essenciais da construção de uma estratégia de voluntariado. Para você começar bem o seu programa.

• Análise de contexto: identificar uma ou mais situações onde pessoas e grupos específicos vivenciam alguma dificuldade ou vulnerabilidade. Entender como as pessoas estão vivenciando essas situações. O que elas desejam e precisam para mudar. E com apoio de conhecimento local e técnico, analisar as possibilidades de inserção do trabalho voluntário no contexto.

Foco: para quem.

• Enfoque social: definir a finalidade do programa. Filantrópico? Assistência social continuada? Responsabilidade socioambiental? Desenvolvimento comunitário? Essas são as mais comuns, mas não as únicas. Estratégias podem ter enfoques híbridos.

Foco: quem representa o programa, em nome de quem ele vem a público. 

• Match cultural: alinhar cultura e enfoque social. A cultura do programa é hierárquica? Comunitária? Empreendedora? Como a cultura se combina com a finalidade? Qual o match perfeito que vai dar identidade à estratégia?

Foco: na institucionalização do programa e cultura de voluntariado.

• Viabilidade técnica: projetar os recursos financeiros e operacionais que serão necessários para o funcionamento do programa. Projetar o tempo que o programa consegue sustentar suas atividades. Quantos voluntários serão necessários? Qual o perfil? Quem são as pessoas responsáveis pela implementação do programa e gestão de voluntariado?

Foco: na capacidade administrativa do programa. 
 
A estratégia dá origem a outros dois instrumentos, como o plano operacional de voluntariado e o plano de participação dos voluntários.

Eles são documentos essenciais para o profissional do voluntariado fazer a gestão do ciclo de vida do programa.

Mas é com a estratégia que você vai começar um programa de voluntariado.